­

Notícias

Acompanhe e reveja todas as iniciativas desenvolvidas pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas.

Além do “recorde de carga fiscal”, o Orçamento do Estado 2019 (OE2019) significa “mais sacrifício em cima dos portugueses”. A conclusão é de Paulo Pereira, presidente da Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas, que antevê repercussões “daqui a uns anos, se calhar menos do que as pessoas pensam”, avisa. 

Preocupações manifestadas ontem à margem da apresentação/palestra sobre as principais alterações do OE2019, com dois oradores convidados, evento que antecedeu o tradicional convívio de Natal com mais de meia centena de ‘economistas’ numa reputada unidade hoteleira no centro do Funchal.

Sobre a OE2019, Paulo Pereira destaca o facto de ser “novamente de maior carga fiscal” e sem “nada de especial” para a Madeira, frustrando assim as muitas expectativas positivas do que poderia vir a acontecer. No essencial, “é uma oportunidade perdida”, considera o economista.

“É um orçamento que ataca novamente os mesmo. Não devia atacar ninguém, mas muito menos os mais fragilizados, como sejam os trabalhadores por conta de outrem, a classe média e, desta vez, os trabalhadores com maior insegurança laboral, que são os de recibo verde”.

Sobre o contínuo crescimento dos indicadores económicos, Paulo Pereira resfria os ânimos.

“A economia funciona de resultados das medidas que são tomadas no passado. As medidas que são tomadas hoje vão ter repercussões daqui a uns anos, se calhar menos do que as pessoas pensam”, admite. Lembra que estamos a beneficiar da conjuntura internacional favorável – taxas de juro e petróleo a valores baixíssimos –, adverte, contudo, que “as consequências deste peso fiscal e das reversões que têm sido feitas, estarão à vista em breve trecho. Aliás, esse crescimento económico, esse sucesso económico que nos é vendido, além de ser frágil, começa a dar sinal de si”, concretiza.

Artigo DN041218

­