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Acompanhe e reveja todas as iniciativas desenvolvidas pela Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas.

O reeleito presidente da delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas, Paulo Pereira, prometeu ontem dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, nomeadamente, mantendo a sua equipa como “membros ativos da sociedade em questões da área da economia” e continuando a conferência anual do turismo.
Mas Paulo Pereira quer também introduzir algumas inovações, designadamente, alargar o número de conferências que a Ordem realiza na Madeira e torná-las mais especializadas.
Ao mesmo tempo, quer criar programas para aumentar a literacia financeira das famílias e das empresas. Ao JM, o representante da Ordem dos Economistas na Madeira, que ontem venceu as eleições para Ordem na Madeira, onde estavam 269 associados em condições para votar, considerou que o principal problema económico da Região é "a ultraperiferia e a falta de dimensão” do mercado, circunstâncias que desencadeiam problemas como a “incapacidade para angariar capital e manter talento” e a dificuldade de as empresas ganharem escala e músculo financeiro para se tornarem mais competitivas e pagarem mais.
“Felizmente, apesar desses problemas, vivemos melhor do que muitos lugares, maiores e mais próximos dos centros de decisão”, considerou, concluindo que “alguma coisa se está a fazer bem”.
Destaca que o CINM, apesar de estar a atravessar “uma altura muito complicada”, foi uma “excelente tentativa” para angariar recursos humanos e capital diferenciado de qualidade”, e espera que agora “não caia”.
Ainda assim, os mecanismos atualmente existentes não serão suficientes para que a emigração deixe de ser uma realidade. “É uma história com 600 anos, interrompida pontualmente”, observou, dizendo que enquanto as empresas não tiverem dimensão que lhes permita competir com salários de outros países “é natural que as pessoas procurem o melhor para si” noutros locais.
Ora, este ciclo gera mais pobreza, a que se junta o problema demográfico que pressiona a pirâmide etária – indica. Também a estagnação económica do país há duas décadas não ajuda a alterar o cenário.
Mas não devia o Governo Regional ser mais criativo na procura de soluções para diversificar a economia? Paulo Pereira responde que “há um excesso de fé nas capacidades do Governo Regional”. “O governo pode e deve criar condições, mas dentro das condições humanas que existem”, referiu.
Relativamente à eleição nacional, que deu a vitória à lista de António Mendonça, o representante madeirense felicitou os vencedores e desejou “melhores relações com a direção nacional”, garantindo, contudo, que a estrutura regional “vai seguir o seu caminho”, independentemente de quem estiver no continente.

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