A Alemanha decidiu por um novo endividamento adicional até € 200 mil milhões para investimentos em defesa e clima. O chanceler Scholz anunciou um fundo especial de defesa financiado por dívida de € 100 mil milhões no mês passado, afirmando que a Alemanha irá passar a cumprir a meta da NATO para gastos com defesa de 2% do PIB. Em ambiente inflacionista como o que se está a viver, com grandes pressões e indefinições geopolíticas mundiais, esta decisão da maior economia europeia contribuirá para 1) necessidade de reforço da presença do BCE nos financiamentos dos déficits públicos europeus (mais impressão de "novo dinheiro") e efeito de "crowding out" da dívida pública e privada, principalmente da periferia europeia, para a dívida alemã de maior qualidade. Ambos trarão maiores dificuldades de financiamento à economia portuguesa e agravarão efeito de inflação em curso.